Nilza Viégas, pintora, artesã, historiadora e escritora, itaocarense de corpo e alma, é, antes de tudo, desde os tempos do Colégio Santa Marcelina, em Muriaé, primorosa narradora das coisas da terra e da gente da linda Itaocara de seus sonhos.
Todos cantam sua terra. Ela sabe, por experiência própria, ser o canto a emoção com asas douradas. Seu livro “Itaocara de meus sonhos” não é um caso de primiparidade.
Seu livro de estréia, também sobre Itaocara, “Cada Vida urna História”, constituiu verdadeira consagração. Sua adesão as artes plásticas foi o extravasamento, em óleo sobre tela, das belezas pictóricas da terra por ela descrita em seus livros.
Sua vida, sua arte literária, pictórica ou artesanal, inspirada sempre em Itaocara, ficarão na história de sua terra natal, qual um marco, um monolito comemorativo, ao lado de Alaôr Eduardo Scisínio e Mirtarístides Toledo Pizza e de Gamaliel Borges Pinheiro a dizer:
Nilza Viégas é a autora de Itaocara de meus sonhos.
Luís Antônio Pimentel
Niterói, 29 de abril de 1998
Em seu primeiro livro, “Cada vida uma historia”, Nilza Viegas, querida amiga de ontem e de amanhã, abriu timidamente a porta de dois batentes aberta para o explendor de sua cidadela íntima. No vai-e-vem dos batentes, foi-nos dada a emoção de contemplar, lançada do seu universo, a memorialista que Nilza sabe ser, trazendo nas pontas do pincel e da caneta, as cores de uma historia vivenciada nas ruas ainda descalças da Itaocara prenhe de magia e de beleza, onde fez-se mãe e aprendeu a rir, chorar, amar, viver e sonhar.
Agora, neste Itaocara dos meus sonhos, Nilza escancara de¬finitivamente as portas de seu passado, realizando o milagre de percorrer conosco aquelas veredas onde foi largando pelo tempo afora, pedaços de sua vida, punhados de seus sonhos e as silhuetas amadas que busca recompor na c10nagem mental das células conservadas em sua retina.
A gente revive com essa Nilza renovada em Itaocara dos meus sonhos os seus instantes de sublimação dos prazeres, de ressurreição de pessoas que a gente chega a pensar não terem morrido, depois de vê.-Ias saltitantes, cheias de vida e de encanto, como no caso de Da.Maria e Biloco, seus pais, nas páginas coloridas de saudade, temperadas de ternura, todas cheirando a amor, deste livro transbordante de encanto e de imagens capazes de se reproduzirem ao fechar dos olhos, num mágico transporte para o mundo encantado dessa escritora itaocarense que era dona de um lugar reservado em nosso coração e que agora tem um espaço reservado em nossas estantes.
Alaôr Eduardo Scisinio.
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