A Saga do Velho Albino era tudo quanto eu poderia ter feito pela memória dos meus bisavós. O Velho Albino e Dona Maria Emília; por meus avós, Carolina (Lóla) e Fidélis (Nhonhô Peçanha, o caçador) e por minha mãe, Nadir, que me ensinou a amar e a exaltar a minha gente.
Esta saga é verdadeira.
O Autor (José De Cusatis – Bisneto do Velho Albino)
NOTA DE HUMOR
Manoel Albino, o irmão privilegiado do Velho, que ficou dono de fazendas, de muitos bens, que ficou muito rico, ganhou também grande fama de “pão duro”, de homem dado a economias e a métodos estranhos de poupança. Guardava o seu dinheiro em casa. Não gastava por nada desse mundo.
Em belo dia, convencido dos riscos de ter em casa grande valor em dinheiro, resolveu ir a Campos para realizar o seu primeiro depósito bancário da vida.
Ao desembarcar do trem nos campos dos goicataz, foi direto ao Banco e apresentou uma mala de viagem cheia de dinheiro. Então, o grande espanto. O dinheiro, de velho, há tanto tempo guardado, perdera o valor, saíra de circulação.
Se isso pode causar espanto a ,qualquer, a Manoel Albino não causou. Meteu a dinheirama na mala e falou sem demonstrar o mínimo desagrado ou desalento, de que voltaria para sua casa em São Fidélis, onde continuaria guardando o dinheiro, pois não era para gastar mesmo!… Assim, a desvalorização total das cédulas, para ele, de nada significava… Será que o tio-bisavô português não entendeu?!…