Fonte: Folha Itaocarense
“Mais Um Passo” é uma crítica à falta de oportunidades dos jovens em Laranjais e o rap como forma de expressar os problemas
Um clipe gravado nas ruas e praças de Laranjais mostra a crítica em relação aos problemas enfrentados pelos jovens da localidade, entre elas a falta de oportunidade, e a solução através do rap como forma de expressão. O clipe de “Mais Um Passo” foi lançado no último mês pelo grupo de rap Ar Comum e já conta com quase 1,2 mil visualizações no YouTube.
Em “Mais Um Passo”, os compositores e cantores Arthur Machado e Ueverton Souza contam que a música foi baseada no cotidiano da dupla residente em Laranjais. “Aqui [em Laranjais] os jovens não têm tantas oportunidades e a nossa meta foi mostrar que o rap pode ser uma forma deles se expressarem”, explica Arthur. A produção musical e a filmagem e edição do clipe foram realizadas por Wesley Machado, do Estúdio WJ.
O problema da falta de oportunidades na juventude não é exclusivo de Laranjais. A maioria das cidades do Noroeste Fluminense vê seus jovens migrando para grandes centros em busca de ensino superior e trabalho. Mas Laranjais foi escolhido no clipe por ser o “berço” do Ar Comum.
O grupo
Criado há oito meses, o Ar Comum já lançou sua segunda música e seu primeiro clipe. O grupo surgiu na junção de ideias dos integrantes e, segundo eles, o nome “Ar Comum” tem um significado especial, algo que todos dependem para sobreviver.
Além de “Mais Um Passo”, a música “Se Envolve”, de Arthur, Ueverton e Mateus Faria, teve outro foco, que era de criar uma canção mais romântica em estilo juvenil.
O grupo revela que tem pretensões de alavancar carreira e inovar, realizando shows em estabelecimentos da região. “Estamos buscando oportunidades de shows aqui na região, embora tenhamos poucos lugares que aceitam esse gênero musical”, conta Arthur.
Segundo o grupo, mais uma música já está sendo composta e há planos para lançamento do primeiro CD ainda neste ano. Porém, como retrata “Mais Um Passo”, o grupo se esbarra na falta de apoio para manter de pé o gênero musical usado como forma de expressar os problemas da periferia. Sem patrocínio, os jovens arcaram os custos do clipe por conta própria.
No Comments Yet